Psicodiagnóstico e Psicanálise
- avmilhome
- 17 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Você já ouviu falar do DSM ( Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais)?
O DSM é como um catálogo psiquiátrico de códigos para doenças mentais. Este manual compõe a CID (Classificação Internacional de Doenças), criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Até o pós-guerra, havia um casamento inicial entre psicanálise e a psicopatologia psiquiátrica, quando a psicanálise era a principal fonte de produção teórica para os psiquiatras. A partir de 1973, a Neurociência teve grande contribuição neste manual.
Atualmente, o manual encontra-se na versão número 5 e há cada vez mais ênfase no sofrimento individualizado, que passa a ser entendido como um déficit de produção de neurotransmissores. Ou seja, uma espécie de doença que acomete o cérebro e que precisa ser compensada com medicações que repõem aquilo que seu corpo não está conseguindo produzir.
Os psicodiagnósticos, processos de avaliação psicológica com utilização de testes psicológicos, caminham de forma a contribuir com os diagnósticos psiquiátricos. Contudo, os processos de psicodiagnóstico não se finalizam na recomendação medicamentosa para o trabalho com os aspectos avaliados. A exclusiva recomendação medicamentosa faz com que a pessoa não se observe e, assim, não entenda seu sofrimento, pois compreende que quem vai agir de alguma forma será a medicação. A Psicanálise propõe o processo de subjetivação, como cada sujeito diagnosticado se encontra diante de seu diagnóstico. A Psicanálise aposta na escuta, aposta no sujeito em análise.
Ao recebermos alguém na clínica com algum psicodiagnóstico, o trabalho da Psicanálise é acolher a pessoa que chega, com seu nome próprio, com sua história própria e entender junto com essa pessoa como ela vive, incluindo, o diagnóstico que ela traz. A medicação, muitas vezes, é necessária, assim como o acompanhamento psiquiátrico. Em todo caso, a pessoa é sempre mais importante e maior do que o diagnóstico que ela traz.
Commenti